Este é um espaço para troca de idéias sobre notícias na mídia (ou fora dela) e impressões pessoais. Sem pretensões.

18.3.15

Fla x Flu na política brasileira

Evito escrever sobre política, pois não gosto da atual dicotomia do cenário político brasileiro. Mas uma coisa me intriga. O que nós, brasileiros, queremos? Queremos saúde, educação, fim da violência, fim da corrupção, transporte público decente, empregos, preços justos... Tem algum cidadão no país que esteja satisfeito com sua vida atualmente? Não acredito que tenha. Converso com pessoas dos diversos níveis sociais, trabalhadores formais e informais e só o que ouço são reclamações. É comércio fechando, prestadores de serviço sem serviço, trabalhadores cujos salários não mais sustentam a casa... luz cara, gasolina cara, aluguel exorbitante, compras de supermercado surreais... ruas imundas e com esgoto a céu aberto, falta d’água, trânsito caótico, transporte coletivo animalesco... E por que, então, esse clima de Fla x Flu na política? Realmente não dá para entender... Não votei na Dilma, mas entendo quem votou e acredita em seu programa de governo. Só não entendo porque essas pessoas a defendem tanto. Deveriam ser as mais indignadas, pois foram enganadas, acreditaram em promessas ditas durante a campanha que agora se mostraram mentiras. Ela foi eleita, é um fato. É a governante do país. Então vamos exigir que tome atitudes reais para resolver nossos problemas. É claro que as coisas não vão mudar de uma hora para outra. Qualquer mudança demanda tempo. Mas ela já está há 4 anos no poder e a situação só está piorando. Precisamos de ação agora! Precisamos ver que alguma coisa está sendo feita. Não concordo com cartazes pedindo intervenção militar, basta de Paulo Freire, entre tantas outras idiotices vistas durante a passeata do dia 15 de março. Pessoas idiotas existem em qualquer lugar. Assim como também estavam durante as passeatas pré-Copa do Mundo, tão importantes. Mas também não acho legal tentar diminuir um movimento do povo que está mostrando sua insatisfação. A insatisfação é geral, e é legítima. Vamos lá então mostrar cartazes bacanas: reforma política, fim da corrupção, educação e saúde para o povo...

23.4.10

Homenagem à minha avó Cileia, falecida em 10 de abril de 2010



Cileia, mamãe, vovozinha, bia, tia Cileia, Dedé, tia Dedé, minha madrinha, dona Cileia... As formas como a chamavam eram várias, mas o que esses nomes representavam era um só sentimento: um enorme carinho.

Carinho que se unia à bondade, à pureza e à alegria que eram suas marcas principais. Mas minha avó Cileia representa muito mais do que qualquer palavra, pois nenhuma delas expressa exatamente a grandeza do seu coração, a luminosidade da sua alma ou os sentimentos contidos no seu riso fácil e gostoso de se ouvir.

Sua bondade era como um piscar de olhos: um ato automático, realizado diariamente, a todo minuto, em qualquer lugar, para qualquer pessoa. Era um ato sobre o qual ela não tinha controle. Era um dinheiro emprestado ali, uma quantia dada ali... Presentes? Nem Papai Noel distribuiu tantos em toda a sua vida. Nunca faltava dinheiro se fosse para ver um sorriso nos lábios de suas filhas, netos, bisneto e demais familiares tão amados.

Família, aliás, era sua razão de viver. Prova disso são suas agendas, escritas ano a ano, como os velhos e bons diários companheiros das adolescentes. Ali estão registrados todos os momentos pelos quais passamos, sejam alegres, tristes, apreensivos e até os rotineiros. Casamentos, separações, nascimentos, aniversários, almoços comemorativos ou não... Tudo está lá, registrado:

“Véspera de Natal. Hoje foi uma noite feliz, com toda a família reunida, como era meu desejo”, escreveu em 24 de dezembro de 2009, naquele que foi seu último Natal em vida.

“Hoje fomos almoçar com Telma. Érica e Wal também foram. Ela fez uma feijoada e estava uma delícia. Cantamos, dançamos. Foi um dia ótimo!”, em 23 de fevereiro de 2009.

“Rafael veio nos buscar para nos levar para Araruama. Ele é um neto maravilhoso!”, em 07 de agosto de 2006.

“Denise e Érica foram para Salvador. Érica estava feliz da vida. É o primeiro período de férias dela. Que Deus as proteja!”, em 12 de abril de 2005.

“Taís mudou-se para Niterói”, em 31 de outubro de 2002.

Pura. Diria que muitas vezes até ingênua. Era difícil para ela ver maldade nas pessoas. Tudo era compreensível, tinha uma razão ou um mal entendido por trás. A pureza de seu coração era tanta que ela não conseguia enxergar as coisas ruins. Que bom! Assim as coisas ruins também não se aproximavam dela. Quem sabe não foi isso que manteve sua bondade e otimismo durante toda sua vida?

Alegria. Ah, a alegria! Festeira, rueira, animada. Tudo era motivo para uma comemoração. “Rafa, faz um rabo de galo aí pra gente”, dizia, referindo-se à uma boa caipirinha preparada pelo neto. “Aproveita Eriquinha, aproveita”, foi sua frase mais famosa durante algum tempo, dita durante as festas, no intuito de fazer Érica comer alguma coisa, pois ela, magrinha, tadinha, era ruim de comer que dava dó... Ao contrário dela, que se fartava nos salgadinhos e docinhos nessas ocasiões. Ultimamente, sua principal diversão era ir ao Plaza. “Telma, preciso ir ao Plaza comprar umas coisas”. Chegava lá, rodava, rodava e saía com uma colher de pau ou um conjunto de copos novos. Ela queria mesmo era sassaricar. Seu último desejo realizado foi conhecer o supermercado Guanabara, aberto há pouco tempo perto de sua casa. Ah, que alegria. Saiu disparada pilotando a cadeira elétrica que eles disponibilizam para os clientes que necessitam. “Devagar mamãe, devagar...”, saía mamãe correndo atrás dela.

Meu avô Paulo era sua principal preocupação. No leito do hospital, sua últimas palavras foram: "Olha, seu pai toma café às 7 da noite e às 10 tem que ser leite. Bem quentinho, hein!! Tem que botar tudo bem pertinho dele e não esquece da colher grande". “Tá bem, mamãe, eu e Denise estamos cuidando dele direitinho, pode ficar descansada”, disse mamãe.

Esta era minha avó. Pura doação. E agora, estou certa de que está lá em cima, rodeada de luz, nos protegendo, nos amparando e querendo nos dizer que está feliz, que está bem, está em paz.

Que Deus a abençõe, Vovozinha.

21.4.10

O livro e as novas tecnologias: uma opinião otimista

A história nos mostra que quando as novas tecnologias chegam, são para ficar. Não há como escolher se a queremos ou não, se vamos permanecer com os velhos métodos ou aderir aos novos, somos invadidos por elas. Podemos, particularmente, escolhermos não usar uma delas, como um telefone celular, por exemplo. Mas não há dúvidas que ele invadiu as nossas vidas, dominando a vida profissional e pessoal, de adultos e de crianças. E até salvando vidas, ao ser usado por um pedreiro que caiu de um precipício em São Paulo para chamar os bombeiros ou por um homem nos escombros do World Trade Center para dar sua localização exata. Então, querendo ou não, vamos ter que usá-lo um dia e até vamos agradecer por conseguirmos localizar um pessoa em algum momento difícil de nossas vidas.

Por isso, ao nos depararmos com essas novidades tecnológicas, não cabe a discussão sobre se elas são boas ou ruins, se substituem ou não tecnologias anteriores, como defende o filósofo estudioso do assunto Pierre Lèvy. Mas sim nos cabe pensar sobre que uso podemos fazer da invenção em questão.

Assim, em face aos iPad, Kindle, Sony Reader e demais aparelhos digitais de leitura que surgem cada vez mais rápida e aprimoradamente, por que pensarmos em se vai ser ou não o fim do livro? Temos que pensar, sim, em que formato vai ter o livro daqui por diante, de que maneira podemos aproveitar tais tecnologias para deixar o livro ainda mais atrativo e como essa nova forma de se transmitir informações vai interagir com a sociedade.

Pensando não como leitora, mas como profissional do mercado, não me assustam as novas perspectivas. A importância do editor, do revisor, do designer gráfico e de todos os demais profissionais que trabalham para a existência de um livro não tem relação direta com o formato no qual o mesmo é produzido. Todos esses trabalhadores continuarão a existir e a desempenhar seu papel fundamental no processo editorial. O surgimento dos computadores e, principalmente, dos softwares de diagramação, como o já obsoleto PageMaker, por exemplo, acabaram sim com os antigos ilustradores que faziam as páginas dos jornais por meio de um trabalho artesanal de corte e colagem de letras, blocos de texto e figuras. Mas também criou novos designers, ou modernizou os que conseguiram se adaptar às novas tecnologias, contribuindo para a evolução do conceito de diagramação existente até então. Assim, o trabalho do diagramador em um jornal sempre existiu e continua a existir, o que mudou foram as ferramentas utilizadas e a forma de se fazer o trabalho.

Por isso, acredito que pensar no fim do livro é uma questão de menor relevância no momento atual. Pode ser que ele acabe sim, da forma como o vemos hoje, e é muito provável que sim. Mas, quando chegar essa hora, talvez já nem nos importemos mais. Ou talvez quem veja esse fim não sejamos nós, mas sim nossos descendentes, já tão acostumados aos novos meios que nem perceberão o fim do livro. Afinal, depois que o aparelho de DVD foi lançado e barateado a ponto de todos poderem adquiri-lo, ninguém lamentou o fim do videocassete... O importante mesmo é que tanto os profissionais do livro como os leitores não ficarão desprovidos do mundo mágico das letras. Com certeza encontraremos diversas maneiras de produzir, vender, garantir direitos autorais e sanar todas as demais preocupações que enchem nossas cabeças atualmente, sem abrir mão desse instrumento transportador de sonhos, ideias, saberes e conhecimento que é o livro.

(texto feito especialmente para o módulo O Negócio do Livro, do curso de pós-graduação A Produção do Livro: do autor ao leitor, e publicado originalmente no blog de mesmo nome)

17.3.09

Reforma Ortográfica - parte 1




Só tomando um (ou alguns) chopes mesmo para lidar com isso. Lá no INCA, por exemplo, resolvi adotar o Novo Acordo Ortográfico nas publicações desde já. Com isso, enfrentamos algumas situações: 1) os autores dos livros ainda nem sonham em adotá-lo. Resultado: nós, editores e revisores, temos que fazer toda a alteração dos livros e artigos de revistas; 2) médicos, de modo geral, possuem uma maneira muito peculiar de escrever, muitas vezes traduzindo palavras de artigos e livros em inglês e adotando da maneira que acham mais adequada, sem se darem ao trabalho de consultar pelo menos um dicionário, que dirá uma gramática. Isso fica muito evidente no uso dos hífens, por exemplo. Para citar um: imunoistoquímica. Embora a palavra esteja dicionarizada dessa forma, não há meio deles deixarem de escrever imuno-histoquímica e teimarem que assim é usado por toda a comunidade científica. E até que eles têm certa razão, já que imuno-hematologia é separado, qual o motivo para imunoistoquímica ser junto? Nenhum, apenas porque já está dicionarizado assim. Mas, por sorte deles, pelas novas regras, fica assim mesmo "imuno-histoquímica", já que sempre se usa hífen diante de palavra iniciada com a letra "h". Nesse caso, a regra do hífen realmente melhorou alguma coisa.

Mas o difícil vai ser convencê-los de que "microorganismo" agora é "micro-organismo"; "diarréia" não tem mais acento, se tornando "diarreia"; e "ultra-sonografia" agora é "ultrassonografia"!!!!

Outra coisa engraçada, para não dizer enlouquecedora, é que como também faço revisões de livros para diversas editoras, e umas já adotaram o novo acordo e outras não, ora reviso segundo as velhas regras, ora segundo as novas! É para surtar!

Mas depois falarei algumas outras coisas sobre o novo acordo. Aguardem!

Indicação de leitura

Além de oferecer momentos divertidos, este livro retrata toda uma época da música brasileira. São entrevistas com os mais importantes nomes da música (Caetano Veloso, Roberto Carlos, Raul Seixas, Chico Buarque, entre outros), feitas de maneira totalmente informal e irreverente, sem cortes ou edição, pela equipe do extinto jornal O Pasquim. Sem falar que não tem nem um errinho de português (eu garanto, foi revisado por mim! rsrs).



No link abaixo tem um trecho para dar o gostinho:

http://www.editoradesiderata.com.br/osomdopasquim/capitulo.pdf

Recomendo!

10.3.09

Fênix

Depois de três anos de pura ralação profissional e nenhum tempo de sobra para escrever textos não-profissionais, cá estou de volta para tentar reativar este espaço, incentivada por meu irmão e minha cunhada, ambos não-jornalistas que se mostraram excelentes comentaristas e escritores em seus recém-desenvolvidos blogs O rei do pitaco e Beijo de Pracinha, respectivamente).

E para inaugurar nada melhor do que uma crítica: Citibank Hall nunca mais!

É inacreditável que uma casa de espetáculos como essa, com capacidade para 8 mil pessoas, ofereça esse tipo de serviço e infraestrutura (parênteses: meu blog já renasceu das cinzas sob o reinado do Novo Acordo Ortográfico, portanto, não estranhem: infraestrutura agora é junto mesmo!).

Minha saga para ver o Simply Red começou, especificamente, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Segundo o boca-a-boca, por conta de um acidente ocorrido com um caminhão na Linha Amarela. Enfim, lá fui eu: ponto morto, primeira, ponto morto, primeira... até a Barra! E, por mais incrível que pareça, tinha engarrafamento até dentro do estacionamento do Via Parque. Depois de levar duas horas e meia para ir do Centro do Rio até a Barra, e enfrentar o engarrafamento e a falta de vagas do estacionamento de uma casa de espetáculos em que deveriam caber 8 mil pessoas, me deparo com a desorganização.

Primeiro, como todos os presentes, me dirijo à bilheteria dentro do Shopping. Fila. Espera. Resposta: “Primeiro você tem que trocar seu ingresso (comprei pela internet) na bilheteria montada em uma rampa lá fora, no estacionamento. Pega a saída B, ao lado do Pronto Frio, e vire à direita.” Ok. Lá vou eu. Calor. Andança pelo estacionamento. Fila. Espera. Resposta: “Não, aqui é a entrada para a pista. Para trocar você tem que ir na outra rampa.” Calor. Andança pelo estacionamento. Fila. Espera. Diálogo:
- Quantos ingressos você comprou?
- Um.
- Está em seu nome?
- Sim.
- Um momento que vou procurar no sistema.
Momento passando....
- Qual o bairro que você mora?
- Itaipu, em Niterói.
- Um momento.
Momento passando...
- Achei. Me confirma seu endereço por favor.
- Rua X, nº X.
- Certo. Agora preenche aqui e assina, por favor.
Momento passando....
- Ok. Bom show.
- Obrigada (pensando: mesmo vocês me fazendo perder quase metade dele, espero mesmo que seja um bom show...) Mas por onde eu entro?
- Pela rampa à sua esquerda.

Calor. Andança pelo estacionamento. Fila. Espera. Finalmente entrei! Só um detalhe: o show estava marcado para às 21h30 e eu consegui saltar todas as barreiras e entrar às 22h30.

Todas as entradas para o salão estão cheias. Lotadas. Calor. Ar-condicionado não dá vazão. Empurra daqui, desvia dali, chego a um ponto razoável onde consigo me manter em pé (sem flutuar entre os corpos espremidos), ver um ponto pulando pelo palco (deve ser o Mick Hucknall!!!!) e ouvir a música. É, o show já tinha começado há 20 minutos (nessas horas dou graças a Deus de no Brasil tudo e todos se atrasarem, senão tinha perdido o show inteiro). Perdi duas das minhas amigas. Meu celular tá sem sinal. O da minha amiga funciona, mas ela não consegue ouvir nada, claro. Mensagens pra cá, mensagens para lá, olha daqui, procura ali. Nada. Bom, vamos curtir o show assim mesmo, as duas que restaram – suando em bicas por causa do calor, como todos ali presentes. Mike canta Stars. Legal, tô começando a relaxar. Money’s Too Tight (To Mention). Muito bom, acho que já estou até curtindo... O quê? Já acabou? É, não é pegadinha, acabou mesmo: 1h20 de show (incluindo os dois “bis”).




Saio. Marco encontro com as amigas perdidas. Vamos beber uma água? Estou morrendo de sede...Fila. Então vamos ao banheiro? Fila. É, deixa pra lá, a gente vai lá fora, no shopping. Anda, anda, tira foto.... Ali, um quiosque aberto para comprarmos água. Fila. Deixa, a gente compra pelo caminho. Vamos pagar o estacionamento. Fila quilométrica. Fica aí enquanto vou ao banheiro. Volto. Ainda resta metade da fila. Pagamos. Então tchau, vou para casa mesmo, tô cansada. Ando, ando, achei o carro! Engarrafamento. Estacionamento parado, sem saída. Espera, espera. E a sede matando. Até que dou uma de Um Dia de Fúria, desobedeço ao segurança que está (des)organizando a saída, entro pela contramão, corto todo mundo e saio! Ufa!

Agora começa outro tipo de tensão. O relógio marca 1h! Vou sozinha, de carro, para Niterói. Ayrton Senna, Avenida das Américas, Lagoa, Túnel Rebouças, Ponte... Agora o trânsito está ótimo. 140km/h. Duas horas da manhã estou em casa, sã e salva.

Money is too tight to mention!

20.10.06

Irresponsabilidade e incompetência médica



Gravidez normal, pré-natal tranqüilo... tudo em ordem. Chega o dia e o bebê nasce. No hospital, tudo ocorre na mais perfeita normalidade. Prontuário ok e mãe e filho recebem alta. Em casa, a mãe, que por sorte não é leiga e nem de primeira viagem, logo percebe que algo não está bem: o bebê não evacuou. Ainda no mesmo dia, liga para o pediatra, que receita um supositório. Ao tentar colocar, a mãe repara que o bebê chora muito e o medicamento não entra até o fim. Imediatamente volta para o hospital. Com isso, já se passou um dia inteiro. Finalmente o diagnóstico: má formação intestinal, o bebê não tem a abertura do reto.
Isso aconteceu há alguns dias em Araruama, no considerado melhor hospital particular da cidade, o HC Lagos, e aos cuidados do Dr. André, também considerado um dos melhores pediatras da região. O bebê teve que ir imediatamente para um hospital no Rio de Janeiro, onde está até hoje, passando por cirurgias, hemodiálise e risco de vida. Isso porque, com a demora no diagnóstico, o intestino se encheu de fezes e teve diversas perfurações. A primeira cirurgia foi para retirar as fezes do organismo. A infecção causou parada no funcionamento dos rins. Além dos fortes medicamentos, a criança também tem que fazer hemodiálise, a pressão tem caídas vertiginosas, e o frágil corpinho está todo perfurado. Ainda corre risco de vida. Se passar por isso tudo, ainda terá mais duas etapas de cirurgia, até conseguir reconstruir o reto.
Tudo porque, não só por isso, mas principalmente por isso, não foi diagnosticado, nem pelo pediatra, nem pelo corpo de profissionais do hospital, que o bebê tinha essa má formação intestinal. O prontuário inclusive relatava que ele havia evacuado. Como, se o reto estava fechado?
É um absurdo o pouco caso, o relaxamento e a irresponsabilidade dos médicos e hospitais a que temos que nos submeter atualmente. E olha que estou falando de um hospital particular... Um simples detalhe, uma ínfima falta de atenção, pode pôr em risco a vida de uma pessoa. Como pode um lugar que cuida de vidas, que tem a missão de salvá-las, de curar enfermidades, agir assim, tão descuidadamente?

9.10.06

Marisa Monte


Hoje estou música.
Melhor ainda, estou Marisa Monte.
A música não só diz, ela explode dentro de nós.
Vibra, balança, revela, concorda...
Sintonia entre alma e sentidos,
entre pensamentos e dizeres.


"E o que passou, calou
E o que virá, dirá
E só ao seu lado, seu telhado
Me faz feliz de novo
O tempo vai passar
E tudo vai entrar no jeito certo de nós dois
As coisas são assim
E se será, será
Pra ser sincero, meu remédio é te amar, te amar
Não pense, por favor
Que eu não sei dizer
Que é amor tudo o que eu sinto longe de você"


(trecho de Pra ser sincero - Marisa Monte)

8.10.06

Matéria de capa da Criativa





Esta é a edição de outubro da revista Criativa, cuja matéria de capa foi feita por mim!!!! Comprem!!!! Opinem!!!!

25.9.06

Um pouco de poesia

Quero escrever para não esquecer. Apesar de ter sido um momento inesquecível.
Mas quero me apegar a cada detalhe,
na esperança de vivê-lo de novo, de senti-lo, de eternizá-lo.
Realmente tive a certeza de que é no coração que vive a própria razão.
Por isso devemos sempre seguir o que ele nos diz.
Embora sufocado há mais de dez anos, ele insistia em me dizer,
às vezes em detalhes, outras com lembranças e tantas mais por comparação e esperança.
Sempre senti que o que ele me falava era verdade.
Só não tinha certeza se a outra parte da história era verdadeira também.
Mas, num momento sublime em que a vida demonstra sua força, o que era quase apenas um delírio, se tornou constatação.
E o tempo voltou, do ponto exato de onde tinha parado.
Parado para ele, claro, para o coração.
Os olhos se fechavam e o que era real se tornava sonho e o que era sonho ficava palpável.
O passado virou presente e o presente esqueceu de continuar sua caminhada.
Ficou ali parado, tentando fazer a Terra parar de girar e o tempo esquecer de andar.
Todas as dúvidas se transformaram em certezas e as respostas não sabiam mais a que perguntas responder.
Nada mais fazia sentido, no momento em que a vida realmente adquiriu seu pleno significado.
E o coração, rindo e repleto de emoção, me dizia: viu como eu tinha razão?

10.9.06

Enfim... capa!

Chegou a hora. A próxima capa da revista Criativa será com matéria minha. Aguardem e confiram! E, depois, façam seus comentários!

Adeus celular

Agora foi a minha vez! Roubaram meu celular em plena Presidente Vargas, cheia de gente ao meu redor! Não podemos mais andar pelas ruas. A bolsa tem que estar agarrada ao corpo, não podemos falar ao celular, ao parar num sinal temos que olhar para todos os lados... Que inferno! É muito ruim a sensação de tirarem algo de nós assim. A gente luta, luta, luta para conseguir as coisas, para sobreviver, e alguém vem e se acha no direito de pegar. Simples assim.

4.9.06

Segurança para quem?

Feitas com o motivo primário de proporcionar maior segurança aos estabelecimentos e clientes, as portas giratórias dos bancos são constantemente motivo de brigas, aborrecimentos, desrespeito e humilhações para os cidadãos. E como se não bastassem todos os medos e preocupações que o carioca vive diariamente por conta da violência que assola as ruas, agora também precisa temer as próprias pessoas que deveriam zelar pela segurança alheia.

Na última sexta-feira (01/09), duas clientes foram brutalmente agredidas por uma segurança de uma agência do Banco Itaú, nas esquinas das ruas Quitanda e do Ouvidor, no centro do Rio. Ao ficarem presas por mais de cinco minutos nas portas giratórias, mesmo depois de esvaziar a bolsa e mostrarem seu interior, a jornalista Hilda Armstrong e a publicitária Cláudia Furtado, foram interpeladas por uma funcionária do atendimento ao cliente, identificada apenas como Simone, chamada ao local pela segurança Luci Cláudia dos Santos. Depois de vários questionamentos, inclusive sobre o fato de as duas serem ou não clientes do banco, e de pedir identificação, elas finamente foram liberadas.

Ao entrarem na agência, Hilda se encaminhou diretamente à mesa da funcionária Simone, a fim de pegar sua identificação e prestar uma queixa formal ao banco, pelo tratamento desrespeitoso ao qual foi submetida. Ao ter seu pedido sumariamente negado, Hilda pegou um papel sobre a mesa para anotar os dados da funcionária, que imediatamente chamou pela vigia (a mesma que havia travado as duas na porta giratória). Luci já chegou desferindo socos, que atingiu Cláudia de raspão e Hilda em cheio. Com o rosto sangrando e o dente mole, a jornalista chamou a polícia e foi prestar queixa na 1ª DP (Praça Mauá). Durante a meia hora que ficou esperando pela chegada dos policiais, dentro da agência, nenhum gerente ou outro funcionário do banco veio tomar conhecimento do ocorrido.

3.9.06

Eleições na mídia

É ridícula a cobertura que a mídia faz sobre as eleições, principalmente a televisão. É sempre a mesma coisa. Mostra como foi o dia de cada candidato, como estão na pesquisa do Ibope etc etc etc. Nada de útil.

8.6.06

MST (ou MLST) perdeu limites e ideais

Admiro grupos que lutam por seus ideais e por uma sociedade mais justa e igualitária. Mas é lamentável e repudiante o tipo de atitude como a do MST (ou MLST, tanto faz que seja um grupo dissidente, a origem é a mesma e as atitudes também) na Câmara dos Deputados. As cenas de destruição não mostram uma luta legítima por nenhum ideal, mas simplesmente um ato de vandalismo e falta de respeito. Arrastar um carro para dentro da Câmara, quebrar todas as vidraças, computadores e tudo o mais que encontraram pela frente, e, o pior de tudo, agredir fisicamente, e gravemente, funcionários... é assim que se luta por direitos? Agredindo pessoas que não têm nada a ver com a história e destruindo o patrimônio que no fim das contas vai sair do bolso dos cidadãos? O MLST perdeu seus limites e também seus ideais. Não são trabalhadores em busca de terra que estão nesse movimento. Ele foi invadido por vândalos e vagabundos que só querem aparecer e fazer baderna.

24.5.06

Quer ajudar? Seja voluntário!

Gostaria de ser voluntário em alguma ONG ou instituição para carentes mas não sabe como e o que fazer? Você não é o único. No Brasil, estima-se que 14 milhões de jovens e 10 milhões de adultos querem ser voluntários mas não sabem por onde começar. No Orkut há diversas comunidades sobre o assunto e apenas em uma delas, a Planeta Voluntários, há um tópico com 860 perguntas sobre como ser voluntário. “Com este engajamento potencial, muitos problemas que o governo não consegue resolver seriam solucionados”, afirma Stephen Kanitz, consultor de empresas, articulista da Veja e pessoa extremamente dedicada ao voluntariado.
Pra começar, qualquer pessoa pode ser voluntária, independente de classe social, idade, etnia ou crenças. Você pode oferecer ajuda dentro de sua própria profissão ou simplesmente ajudar em necessidades básicas das instituições, como uma pintura de parede, organização de uma festa, cadastramento de dados no computador etc. No Brasil, há mais de 60 centros de voluntariado onde você pode se inscrever e na Internet há diversos portais com a mesma função. No www.voluntarios.com.br, por exemplo, fundado por Kanitz, você se inscreve de acordo com suas habilidades específicas, diz o que gostaria de fazer e espera que alguma entidade te procure solicitando sua ajuda.
Para se ter uma idéia do que uma instituição dessa pode fazer pelo Brasil, cito o exemplo da Pastoral da Criança, cuja coordenadora nacional, Dr.ª Zilda Arns, é em si mesma um exemplo de bondade e doação: nas comunidades em que a Pastoral atua, a mortalidade de menores de um ano é 60% menor do que a média nacional. É nas comunidades e famílias carentes que se registra o maior problema de mortalidade infantil, que a cada ano faz mais de 134 mil vítimas menores de 5 anos de idade. E, na instituição, 90% dos voluntários são mulheres pobres.
Quer saber mais? Pesquise! Há diversos sites sobre o assunto. Algumas dicas:

- www.voluntarios.com.br
- www.filantropia.org
- www.stephenkanitz.com.br
-www.ajudabrasil.org
- www.pastoraldacrianca.org.br
- www.facaparte.org.br

23.5.06

Faça sua parte em prol da natureza – Capítulo 1: Reciclagem




O Brasil produz 240 mil toneladas de lixo POR DIA. E sabe para onde vai isso tudo? Para aterros sanitários. O que significa poluição, pois a fermentação desse lixo gera dois produtos perigosos: chorume e gás metano. Muitos produtos levam centenas de anos para se decompor. Qual a solução? Reciclagem. Esse processo de retorno da matéria-prima é importante para diminuir o acúmulo de dejetos e para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Veja alguns exemplos:

- Cada 50 quilos de papel usado que é reciclado evita que UMA árvore seja cortada. Imagine a quantidade papel que cada um de nós já jogou fora até hoje e quantas árvores poderíamos ter poupado.
- Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado evita que sejam extraídos do solo cerca de 5 mil quilos de bauxita (minério). Uma lata de alumínio (dessa de refrigerante) leva de 80 a 100 anos para decompor-se.
- Com um quilo de vidro quebrado faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem é que o vidro pode ser reciclado infinitas vezes. Mas, caso não seja reciclado, pode demorar até 4 mil anos para decompor-se.

Em países desenvolvidos, como a França e a Alemanha, o lixo é responsabilidade da iniciativa privada. E os próprios fabricantes de embalagens são os encarregados pelo destino dos dejetos. Mas o consumidor também faz sua parte: quando vai comprar uma pilha nova, por exemplo, é preciso entregar a usada.
E fique tranqüilo se a sua preocupação é com o destino desse material reciclado, pois eles nunca são transformados nos mesmos produtos originais. As garrafas recicláveis, por exemplo, não serão transformadas em novas garrafas, mas em outros objetos, como solados de sapato.
Então, que tal cada um fazer a sua parte e contribuir para a preservação do meio ambiente?
Fonte: site AjudaBrasil (www.ajudabrasil.org)

18.5.06

Violência tomando o poder



Não posso deixar de comentar sobre a violência que assolou São Paulo esse fim de semana. Ônibus depredados, lojas e escolas fechadas, ruas desertas... Isso é uma guerra urbana. E por que o exército não agiu? No Rio, qualquer coisa é motivo para o exército invadir. Não que eu ache que isso seja a solução. Mas o que não pode é deixar que a bandidagem tome conta dessa maneira, ficar parado numa situação de emergência dessa. São Paulo virou uma Israel e ninguém fez nada. No Rio, são balas perdidas, arrastões, assalto nos sinais de trânsito... Para virar uma Colômbia falta pouco. Presídios rebelados, ao mesmo tempo, o crime com ações sincronizadas e orquestradas. E nós, como estamos nos defendendo? O crime organizado, unido, munido... Daqui há pouco vai haver toque de recolher para a população. Embora já tenha, não oficialmente. Quem não tem medo de andar nas ruas de madrugada? Até quando vamos conseguir levar uma vida normal? Embora normal seja uma ironia... É normal ter medo de parar nos sinais de trânsito, olhando para todos os lados simultâneamente, rezando para o sinal abrir? É normal andar de vidros fechados e portas trancadas, com um insufilm bem escuro? É normal se jogar no chão cada vez que ouve um estalo mais alto? Agarrar a bolsa veementemente e não falar ao celular na rua para que nenhum ciclista te leve os pertences? Ter medo de sair à noite? De andar sozinha? Há muito tempo não temos mais uma vida normal. Simplesmente vamos nos adaptando... É preciso que os governantes tenham interesse em mudar isso tudo... e peito para enfrentar. Mas enquanto tiver bandidos no governo, vai ser difícil acabar com a bandidagem no país...

Ser mãe

Fome, frio, dor, pesadelo... Uma noite inteira de sono? Nunca mais!
Briga para tomar o remédio, encrenca para comer, birras para fazer o que quer... Um minuto de sossego? Nunca mais!
Hora do banho, hora da comida, hora de ir para a escola... Um dia inteiro para você mesma? Nunca mais!
Mas a alegria em que ver aquele sorrizinho lindo, ouvir aquele doce "mamãe" e sentir aquele abraço carinhoso... é incomparável!

Acho que o amor verdadeiro é o amor de mãe. Esse amor é incondicional, incomensurável. A dor que sentimos ao ver um filho sofrendo... dá vontade de trocar de lugar e sofrer por ele, para livrá-lo daquilo tudo. A preocupação que sentimos ao vê-lo doente ou triste por alguma coisa, ao pensarmos em seu futuro, se estamos fazendo as coisas certas, se estamos educando da melhor maneira, se estamos criando uma pessoa feliz e equilibrada... São tantas! A felicidade em vê-lo correr alegremente, se divertir, em fazê-lo feliz! E o amor que vibra lá dentro de nós, explodindo o coração... aquela vontade de beijá-lo a toda hora, ficar abraçado para sempre... Ver seus progressos a cada dia que passa. É uma palavra nova, uma frase inteira, lavar as mãos sozinho, subir no berço, beber água no copo... Cada conquista dele é uma emoção diferente. É querer o seu bem-estar a qualquer custo, acima de todas as outras coisas, inclusive de você mesma. Nada mais tem tanta importância. Não tem com quem deixá-lo para ir ao cinema ver aquele filme que estreou e que você estava louca para ver? òtimo, vamos ficar em casa e brincar de carrinho, de super-herói e depois dormir abraçadinhos... Não dá para ir à festa de aniversário de sua melhor amiga porque ele está doente? Não tem problema, vou ficar em casa e niná-lo até ele dormir, tentando minimizar seu sofrimento... Estar com ele é a maior alegria que podemos ter, é o que traz mais conforto, paz, serenidade.
Ser mãe é realmente uma dádiva de Deus. Junto com o filho que chega, conhecemos também um amor que nunca havíamos experimentado. A vida passa a ter um sentido completamente diferente, é como se nos transformássemos também, em outra pessoa.
Enfim, para quem não é ainda, eu recomendo. Carreira, dinheiro, falta de liberdade... tudo se encaixa, tudo se resolve, tudo passa a ter uma importância menor, completamente diferente. O amor compensa tudo.
Às mães, um Feliz Dia das Mães! (atrasado, mas ainda valendo... todos os dias são das mães).

De volta

Festa de aniversário de filho, doença de filho, provas para concurso, trabalhos... Andei sumida, mas estou de volta. Espero manter a frequência! (Até que outras coisas aconteçam...)