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17.3.09

Reforma Ortográfica - parte 1




Só tomando um (ou alguns) chopes mesmo para lidar com isso. Lá no INCA, por exemplo, resolvi adotar o Novo Acordo Ortográfico nas publicações desde já. Com isso, enfrentamos algumas situações: 1) os autores dos livros ainda nem sonham em adotá-lo. Resultado: nós, editores e revisores, temos que fazer toda a alteração dos livros e artigos de revistas; 2) médicos, de modo geral, possuem uma maneira muito peculiar de escrever, muitas vezes traduzindo palavras de artigos e livros em inglês e adotando da maneira que acham mais adequada, sem se darem ao trabalho de consultar pelo menos um dicionário, que dirá uma gramática. Isso fica muito evidente no uso dos hífens, por exemplo. Para citar um: imunoistoquímica. Embora a palavra esteja dicionarizada dessa forma, não há meio deles deixarem de escrever imuno-histoquímica e teimarem que assim é usado por toda a comunidade científica. E até que eles têm certa razão, já que imuno-hematologia é separado, qual o motivo para imunoistoquímica ser junto? Nenhum, apenas porque já está dicionarizado assim. Mas, por sorte deles, pelas novas regras, fica assim mesmo "imuno-histoquímica", já que sempre se usa hífen diante de palavra iniciada com a letra "h". Nesse caso, a regra do hífen realmente melhorou alguma coisa.

Mas o difícil vai ser convencê-los de que "microorganismo" agora é "micro-organismo"; "diarréia" não tem mais acento, se tornando "diarreia"; e "ultra-sonografia" agora é "ultrassonografia"!!!!

Outra coisa engraçada, para não dizer enlouquecedora, é que como também faço revisões de livros para diversas editoras, e umas já adotaram o novo acordo e outras não, ora reviso segundo as velhas regras, ora segundo as novas! É para surtar!

Mas depois falarei algumas outras coisas sobre o novo acordo. Aguardem!

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Essas novas regras são mesmo para surtar! A começar pelas acentuação. A regra antiga era tão clara. Uma vez aprendida, não tinha mais erro nem na escrita e nem na pronúncia. O uso do hífen então... nem se fala. Que confusão fizeram com isso!

19 março, 2009 09:28

 
Blogger Unknown said...

Coitadinhos dos médicos. Já tem que estudar 6 anos para salvarem vidas e curarem pessoas e ainda tem que entender de gramática??????
Prefiro que entendam de medicina...

24 março, 2009 22:00

 
Blogger Taís Facina said...

Acho que saber falar e escrever corretamente a sua língua nativa é o mínimo que qualquer cidadão precisa saber, independente da sua profissão. Afinal, o bom entendimento entre as pessoas (e entre médicos e pacientes) também depende disso.

24 março, 2009 23:08

 

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